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Capítulos

Quando Rafaella deu vida às primeiras coleções da Neriage, percebeu que não se via refletida nos conceitos tradicionais do mercado da moda, onde cada coleção narra uma história distinta. Para ela, suas criações são capítulos de um único livro, entrelaçando-se em uma narrativa contínua. Por isso, chamamos nossas coleções de capítulos: cada nova peça é uma extensão da anterior, uma evolução de sua essência. Explore o menu abaixo e mergulhe na nossa história, revelada através de nossos capítulos.

Capítulo 7

Oásis

ECONTRO-ME AQUI

Azul, azul como o sol. Mas, que cor eu era mesmo quando nasci?
Em meio às areias fumegantes e em meio à ansiedade da viagem que estava por vir
Não sei se durmo ou se acordo com essa iminência da partida.
Por isso coloco cores fortes, como forma de despedida de um lugar que ainda não cheguei.
Sou cigana, nasci em meio ao azul, em meio ao vinho.
Um deserto de possibilidades - frágeis, infinitas, escondidas numa pequena fresta de olhar.
Encontro-me aqui. Ou talvez, eu nunca estive de fato aqui.

A VIAGEM

Penso nas horas, nos deslocamentos, nas partidas.
Sobre como existir em um lugar é desaparecer em outros.
As pequenas escolhas que fazem morrer tantas outras.
A fluidez do desconhecido que constantemente nos obriga a invadir espaços,
Criar histórias, viagens e seres, paisagens imaginárias para ir além do que conhecemos.
Nosso eterno desejo de voar, ir além do oásis.

MONÇÕES
Ou para não dizer que me esqueci das flores 

As monções chegam quando o vento do litoral assola o deserto.
As possibilidades da viagem tornam-se racionais, visíveis.
Intensas chuvas e longas secas.
Quando eu era pequena eu viajava através das palavras.
Tantas essas que me perdia em devaneios, ventos revoltos e monções.
Hoje sou mais livre. Escrevo em bares, salto em cavalos e ando pelas ruas.
O que isso me traz de tão mais livre do que as estreitas ruas do meu quarto
e meus poemasde Shakespeare escondidos no armário
As monções me amadureceram, me deixaram vestida.
Sinto falta do meu corpo pavão, ainda viajando, buscando possibilidades.
Aquele que não tinha medo das cores, do azul e da forma desconhecida
Hoje, me tornei um corpo nu.
Esperando por outras viagens para me apresentar à minha ave novamente.
Manifesto pelo encontro consigo.
Pela ausência do medo, pela coragem, pela liberdade, pela experimentação,
pela eterna busca de ir além do oásis.
Pela eterna falta de conforto.
Pela luta constante.
Pela não desistência.
Pelo desconhecido.