Capítulos
Quando Rafaella deu vida às primeiras coleções da Neriage, percebeu que não se via refletida nos conceitos tradicionais do mercado da moda, onde cada coleção narra uma história distinta. Para ela, suas criações são capítulos de um único livro, entrelaçando-se em uma narrativa contínua. Por isso, chamamos nossas coleções de capítulos: cada nova peça é uma extensão da anterior, uma evolução de sua essência. Explore o menu abaixo e mergulhe na nossa história, revelada através de nossos capítulos.
Capítulo 1
Ensaio Sobre Nós
Como dizia o filósofo e poeta francês Gaston Bachelard, imaginar é aumentar o real em um tom.
E imaginar é se movimentar em direção a algo que foge das vãs imagens criadas pela mente, ou o que nos foi ensinado.
Imaginar é sonho, e o sonho é uma necessidade humana maior do que a própria realidade.
Imaginação é movimento. E é sobre esse movimento que pretendemos falar.
Para isso, trazemos duas simbologias principais.
A dança, que é a poesia em movimento. O corpo materializa o devaneio e o ser quase que desaparece, torna-se energia. Pina Bausch, coreógrafa e dançarina alemã (1940-2009), e a dança teatro emprestam referências para a cartela de cores, formas e tecidos utilizados.
Mas movimento não necessariamente é andar em direção a algo. Resistir também é uma forma de movimento. Por isso, além da dança, também trazemos a natureza como simbologia. As texturas e bordados desenvolvidos são inspirados em algumas das plantas mais resilientes do mundo.
Por fim, tratando-se de movimento, não poderíamos deixar de falar de um movimento também pessoal. As roupas são vivas, passam por diversas pessoas e etapas de produção. Carregam uma história própria e de cada um que contribuiu para a sua construção. Por isso, a coleção recebe o nome de Ensaio sobre nós.
A ideia de movimento é refletida através dos detalhes, texturas, assimetrias e contrastes de leveza e peso nos tecidos. A cartela de cores é construída de forma gradual, iniciando nos tons de off-white, atingindo os tons de vermelho e fechando nos tons de preto. Como o início, auge e fim de uma dança.







